





Nas profundezas do ateliê, no meio da edição de vídeo e do calor das telas molhadas, surgiu ela: a magenta nojenta.
Cor de trauma. Cor de infância sequestrada. Cor de Barbie proibida, de Ursinhos Carinhosos (Care Bears) censurados, de mundo colorido escondido debaixo da cama.

A magenta nojenta não é só cor. É retorno. É sintoma de um corpo que precisou pular entre os PADs da sobrevivência: ser bicha e não morrer.
“Um mar de bichas, todas de rosa, e nenhuma tem mais paciência pro bege.”
O mundo bege tentou apagar. Tentou moralizar. Tentou ensinar que ser menos era mais seguro.







Mas Rodrigo encontrou o rosa, o Leonardo rosa, o Maia rosa Esmir rosa, Roberto rosa — foram saindo, um por um, quebrando a escala cinza de São Paulo.
Porque antes de tudo, foi preciso enfrentar o "nojento": a palavra infectada que misturava “nojo” com “viado” e que o Rio de Janeiro devolvia como doença, piada e humilhação.
Mas o pós-conceito veio. E com ele, uma espécie de orgulho sereno, que não precisa mais de festa, nem de aprovação.
Se a juventude foi boate, agora é nave-mãe.
Mesmo sitiada. Mesmo com vigilância doméstica. Mesmo com cansaço acumulado.
“Descansar não ajuda em nada. Só dispersa.”
🌌 Projeto Coringa: Vinculações
🪞 Grids escuros onde a magenta escorre e se rebela
📓 Arquivo Vivo como abrigo da fala antes censurada
🖼 Pinturas porosas como corpos que absorvem a magenta e a devolvem transcendida
✨ Leonardo rosa como patrono espiritual dessa nova linhagem
🔒 Softwares espiões como símbolos do controle materno que se combate com beleza crua
🛸 Nave-mãe como metáfora do refúgio criativo — ambivalente, perigoso, mas fértil
💔 Memórias que viraram buracos








“O meu My Little Pony voou?
Ou caiu no poço do elevador e morreu?”
Ou caiu no poço do elevador e morreu?”
Rodrigo tinha 5 ou 6 anos. O pônei da infância sumiu. O livro de deuses hindus também. Um extraterrestre na Galileia. A camiseta de tequila mexicana com um diablito. O Mickey caveira do Alexandre Herchcovitch.
Tudo jogado fora pela mãe. Tudo que ameaçava o controle moral. Tudo que era símbolo de liberdade.
Tudo jogado fora pela mãe. Tudo que ameaçava o controle moral. Tudo que era símbolo de liberdade.








Essa página é também um memorial. Uma oferenda para esses objetos mágicos.
Que a pintosa, a mancha, o fluxo de magma rosa, e até o pequeno pônei arco-íris possam voltar.
Que a pintosa, a mancha, o fluxo de magma rosa, e até o pequeno pônei arco-íris possam voltar.
🎁 Lista de presentes (para quem quiser curar esse buraco com carinho)
🦄 My Little Pony G1 Retro Rainbow (35th Anniversary)
https://data.mlpmerch.com/g1-retro/details/g1r35ss/
https://data.mlpmerch.com/g1-retro/details/g1r35ss/
📘 Livro de ilustrações de deuses hindus (edição similar àquela perdida):
Se quiser presentear, entre em contato com Rodrigo: