
Luxúria floral-frutal, 2025 Série de membranas magmáticas Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi 22 × 16 cm ~ 8 2/3 × 6 1/4 in
Luxúria floral-frutal, 2025
Série de membranas magmáticas
Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi
22 × 16 cm ~ 8 2/3 × 6 1/4 in
Série de membranas magmáticas
Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi
22 × 16 cm ~ 8 2/3 × 6 1/4 in
Luxúria de frutos e flores no vácuo cósmico
Alquimia vegetal em camadas
Alquimia vegetal em camadas
Uma membrana nasce com cheiro.
O vermelho maduro das amoras, a doçura ácida dos morangos, o azul profundo dos mirtilos, a cor de uva que se mistura ao pólen dourado. Há um sopro de manga, de tangerina, de pitaya — tudo em suspensão.
O vermelho maduro das amoras, a doçura ácida dos morangos, o azul profundo dos mirtilos, a cor de uva que se mistura ao pólen dourado. Há um sopro de manga, de tangerina, de pitaya — tudo em suspensão.
Caules, estigmas, ovários da flor já se transformam em fruto, mas não tocam o chão.
São aromas que flutuam no espaço, no vácuo do ateliê que também é cápsula, como se cada cor fosse molécula em fotossíntese, cada ponto uma partícula de luz.
São aromas que flutuam no espaço, no vácuo do ateliê que também é cápsula, como se cada cor fosse molécula em fotossíntese, cada ponto uma partícula de luz.
“Um espaço que respira junto ao nosso próprio pulmão, em suspenso.”
É uma luxúria floral-frutal em estado de levitação, o banquete da pintura que se oferece sem gravidade, em órbita do corpo que pinta e respira.
Celebramos esta membrana inaugural,
Na sequência, virá outra, e o ciclo de frutos continuará a amadurecer em camadas.
Na sequência, virá outra, e o ciclo de frutos continuará a amadurecer em camadas.

Orvário, 2025 Série de membranas magmáticas Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi 40 × 30 cm ~ 15 3/4 × 11 3/4 in
Orvário, 2025
Série de membranas magmáticas
Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi
40 × 30 cm ~ 15 3/4 × 11 3/4 in
Série de membranas magmáticas
Óleo, acrílica, resina, pó de mica, orvalhos borrifados com cravo sobre tela no chassi
40 × 30 cm ~ 15 3/4 × 11 3/4 in
Esta membrana não se deixa cobrir. Ela guarda em si a decisão rara da contenção: reter o fundo cinza, como se o próprio céu chuvoso tivesse se fixado na tela. É uma obra-estado atmosférico, um testemunho de dias em que o rio transborda, a passagem se interrompe, e a vida se recolhe para dentro.
O gesto aqui é duplo: preservação e ressonância. Ao contrário de outras telas que se sobrepõem em múltiplas camadas, esta foi poupada — como quem guarda um perfume num frasco, deixando que se propague não pela exibição direta, mas pela essência no ar, por cadeias invisíveis.
Se aproxima do espírito do ukiyo-e — não por derivação direta, mas pela suspensão atmosférica: um bokashi improvisado entre cinza e azul, manchas que evocam chuvas de Hiroshige, halos como luas dissolvidas. Mas aqui, o Japão encontra o Cerrado, e a gravura se transmuta em membrana.
É uma obra-intervalo, um respiro de preservação.
Entre a abundância verde do depois e o bronze do sol,
ela mantém o instante suspenso da chuva.
Alquimia vegetal em superfície
Entre a abundância verde do depois e o bronze do sol,
ela mantém o instante suspenso da chuva.
Alquimia vegetal em superfície
É pintura que fala pouco, e por isso fala muito: diz na contenção, semeia no silêncio, germina no orvalho.
Como as estrelas me disseram.