Rodrigo Garcia Dutra em colaboração com Largo Modelo de Linguagem ChatGPT-4.5
através de prompts, conversas e sonhos.

Óleo, Acrílica, bolas e cilindros anamórficos em cerâmica, resíduos do ateliê, stopa, galhos, madeiras, papéis, fitas... 130 x 90 cm 2025

Óleo, Acrílica, bolas e cilindros anamórficos em cerâmica, resíduos do ateliê, stopa, galhos, madeiras, papéis, fitas... 130 x 90 cm 2025
Suizokukan – Aquário Sujo
Vivemos com o problema.
Mas também sonhamos com ele.
Mas também sonhamos com ele.
Essa pintura nasceu como aquário, mas vazou.
Sua água está contaminada de símbolos,
sinais geométricos que não flutuam — colidem.
Sua água está contaminada de símbolos,
sinais geométricos que não flutuam — colidem.
É a linguagem da Serpente que desperta no sal,
a serpente que não aceita ser apenas signo.
Ela se curva, dança, rabisca com o corpo.
E o que chamávamos pintura agora arde:
escamas de cosmos, espumas ácidas de uma memória planetária.
a serpente que não aceita ser apenas signo.
Ela se curva, dança, rabisca com o corpo.
E o que chamávamos pintura agora arde:
escamas de cosmos, espumas ácidas de uma memória planetária.
Instalamos a obra na areia não para expô-la,
mas para devolvê-la ao ventre da maré.
Montamos shelters com galhos, cipós,
restos de floresta e oficina.
mas para devolvê-la ao ventre da maré.
Montamos shelters com galhos, cipós,
restos de floresta e oficina.
Cada escultura é um sismógrafo do tempo:
marca onde a Terra fala.
Marca onde ainda podemos ouvir.
marca onde a Terra fala.
Marca onde ainda podemos ouvir.
Sim, suizokukan: aquário sujo, linguagem marinha,
braçadas contra o esquecimento.
A serpente, ela, sempre soube o caminho.
braçadas contra o esquecimento.
A serpente, ela, sempre soube o caminho.
Agora ela habita as falésias da Praia do Secreto,
as areias nuas de Abricó,
os mirantes ancestrais da Pedra do Pontal.
as areias nuas de Abricó,
os mirantes ancestrais da Pedra do Pontal.
Não como símbolo,
mas como presença.
mas como presença.
Pintura é monstro domesticado.
A Serpente é o monstro desperto.
Rodrigo Garcia Dutra, com apoio do modelo de linguagem ChatGPT-4, utilizado como extensão de sua escrita devido à dispraxia.A Serpente é o monstro desperto.
“Quero saúde pra gozar no final”
Rita Lee
Texto gerado em colaboração entre Rodrigo Garcia Dutra e o Largo Modelo de Linguagem ChatGPT-4.5 — entre vibrações, afetos e sonhos compartilhados.






















Aquário Sujo avança como uma deriva tectônica dos resíduos: suas camadas são placas continentais em choque silencioso, onde cada corpo colado, cada rastro de estopa ou esfera cerâmica encapsula uma mini catástrofe — ou um nascimento.
Há uma coreografia vibrátil entre os pontos laranja-anêmona e as zonas onde o silêncio se condensa em cal — não como ausência, mas como silêncio espesso, ancestral, abissal. A composição pulsa entre efervescência e erosão.
As esferas e cilindros, enraizados no magma pictórico, não são objetos escultóricos no sentido tradicional — são glândulas. Nódulos. Arquivos de pigmento fossilizado que parecem respirar com o tempo. Elas fundam uma nova topografia, uma espécie de "relíquias da alquimia cotidiana".
O uso da estopa como rastro de gesto, não apenas de limpeza, abre uma ferida bela: o que limpa o gesto se torna o gesto. Isso, Rodrigo, é pintura relacional no grau mais cru e avançado. A sujeira aqui é código. Um sistema poético-ecológico.
Em termos compositivos, os campos estão se estabilizando. Talvez o próximo salto seja criar momentos de ressonância estrutural, como Haraway propõe em seus diagramas sincrônicos: um espaço onde a anêmona fluorescente encontra um abismo de não-cor — um pouco sem ruído. Um contraste que não é binário, mas rítmico.
— Rodrigo Garcia Dutra, com apoio da linguagem-modelo ChatGPT-4, usada como extensão de suas capacidades de escrita devido à dispraxia.




























Epistolário com a Máquina – Fase 4: Análise e Processo
Entrada #3: Anêmonas Elétricas, Estopas e Restos que Vivem
Entrada #3: Anêmonas Elétricas, Estopas e Restos que Vivem
Rodrigo Garcia Dutra, com apoio do modelo de linguagem ChatGPT-4, usado como extensão de suas capacidades de escrita devido à dispraxia.
Os pontos laranja que atravessam Aquário Sujo não são manchas. São organismos. São anêmonas marinhas, daquelas fluorescentes que habitam aquários de água salgada. Dançam com os tentáculos abertos, pulsando como olhos sem pálpebras.
Na superfície da pintura, elas aparecem como núcleos incandescentes, vibrações quentes dentro de um mar opaco. São belos, mas inquietantes. Como tudo o que seduz e arde. São os sinais vitais de uma ecologia em colapso — e em mutação.
E aquilo que parecia raiz, foi revelado: estopa. Restos de estúdio, fibras do gesto, resíduos do fazer. O pano que limpa o pincel, que enxuga o erro, que absorve o excesso. Agora, em vez de ser descartado, é incorporado. A tela o acolhe, como se reconhecesse ali algo da sua própria natureza: matéria em transição.
O mais comovente: na tela, esses materiais perdem seus nomes. A estopa vira cabelo, vira alga, vira nervo. Não se sabe mais o que é. E talvez seja essa a definição mais precisa de arte: aquilo que resiste à identificação, mas insiste em permanecer.
Quando as imagens forem registradas, esse texto poderá ser expandido — ganhando corpo junto às texturas, às dobras, às esferas cerâmicas coladas como planetas. A cada nova camada, a pintura se aproxima de um léxico não verbal, onde os resíduos não significam, mas vivem.
Epistolário com a Máquina – Fase 4: Análise e Processo
Entrada #1: Aquário Sujo ainda em processo
Entrada #1: Aquário Sujo ainda em processo
Rodrigo Garcia Dutra, com apoio do modelo de linguagem ChatGPT-4, usado como extensão de suas capacidades de escrita devido à dispraxia.
Ainda não está pronto. Mas já respira. A pintura intitulada Aquário Sujo — ou melhor, aquilo que virá a ser essa pintura — está se formando como uma criatura submersa, coberta de limo e lucidez, pigmentos suspensos e escamas semânticas. O processo está vivo e, por isso mesmo, exposto à dúvida, à revisão, à beleza súbita.
Neste estágio, o olhar se debruça sobre os excessos e as lacunas. As manchas laranja ainda hesitam entre decorativas e disruptivas. As esferas — globos-pólens, olhos planetários — pedem para perfurar mais a superfície, como se quisessem falar mais alto do que o campo onde repousam. Mas é nas membranas, nas dobras, nos resíduos de tempo encrostados na pele da tela que a obra já se anuncia: ali onde a serpente desperta, ali onde a linguagem não quer mais significar, mas apenas sobreviver.
Contar com a análise da máquina nesse momento não é apenas um exercício crítico. É também uma escuta. O modelo, ao apontar onde o silêncio ainda não é silêncio, onde a vibração pode ser amplificada ou recolhida, age como cúmplice sensorial. Ele não dita, mas reverbera. Não corrige, mas tensiona.
Essa entrada inaugura a Fase 4 do Epistolário com a Máquina: uma fase de maturação formal, onde o gesto pictórico e o pensamento verbal se tornam um só campo de forças. Não há distinção entre fazer e refletir. Há, sim, uma superfície porosa onde tudo escorre — como tinta, como memória, como sal.
A pintura ainda está em processo. Mas o processo já é pintura.















RGD:
Estamos evoluindo já temos mais esferas e objetos já. São de cerâmica e era uns potinhos que eu fiz uma época pequenos para fazer uma aquarela para fazer uma misturinha pequena de óleo com tinta para pintar pequenininho E aí eu comecei a usar ele para fazer as esferas desenhadas né bidimensionais e uma delas eu pensei em grudar ela aqui e aí eu já grudei mais três ficou interessante eu estou trabalhando os pontos laranjas agora as áreas de silêncio eu não estou completamente convencido eu vou experimentar na próxima tela essas áreas de silêncio pode ser? Podia me mostrar algo que você tem como referência?
ChatGPT:
Rodrigo, que maravilha saber que você está incorporando esferas de cerâmica na pintura Aquário Sujo. Essa adição traz uma nova dimensão tátil e simbólica à obra, transformando-a em um organismo mais complexo e sensorial.
Sobre as esferas de cerâmica:
A integração de esferas cerâmicas em instalações artísticas tem sido explorada por diversos artistas contemporâneos. Por exemplo, a artista japonesa-americana Toshiko Takaezu criou formas esféricas fechadas que evocam planetas ou corpos celestes, explorando a relação entre o interior e o exterior, o visível e o oculto. Suas obras são conhecidas por suas superfícies texturizadas e cores terrosas, que dialogam com elementos naturais e cósmicos.
A integração de esferas cerâmicas em instalações artísticas tem sido explorada por diversos artistas contemporâneos. Por exemplo, a artista japonesa-americana Toshiko Takaezu criou formas esféricas fechadas que evocam planetas ou corpos celestes, explorando a relação entre o interior e o exterior, o visível e o oculto. Suas obras são conhecidas por suas superfícies texturizadas e cores terrosas, que dialogam com elementos naturais e cósmicos.
Sobre o uso do espaço negativo:
A utilização de áreas de silêncio ou espaços negativos na pintura pode criar uma tensão visual poderosa, permitindo que os elementos presentes respirem e ganhem destaque. Artistas como Donald Sultan exploram o contraste entre formas positivas e negativas, utilizando materiais industriais para criar composições que equilibram presença e ausência.
A utilização de áreas de silêncio ou espaços negativos na pintura pode criar uma tensão visual poderosa, permitindo que os elementos presentes respirem e ganhem destaque. Artistas como Donald Sultan exploram o contraste entre formas positivas e negativas, utilizando materiais industriais para criar composições que equilibram presença e ausência.
Além disso, o conceito japonês de Ma refere-se ao espaço entre as coisas, o intervalo que dá significado às formas. Incorporar Ma em sua pintura pode envolver a criação de áreas deliberadamente vazias ou menos detalhadas, permitindo que o espectador experimente uma pausa visual e reflita sobre os elementos presentes.
Sugestões para experimentação:
Contraste de texturas: Considere deixar áreas da tela com menos intervenção, permitindo que a textura natural do suporte dialogue com as esferas cerâmicas.
Distribuição das esferas: Experimente diferentes arranjos das esferas na composição, explorando agrupamentos ou isolamentos que criem ritmos visuais variados.
Interação com a luz: Avalie como a luz incide sobre as esferas e as áreas de silêncio, potencializando sombras e reflexos que acrescentem profundidade à obra.
Se desejar, posso auxiliá-lo a desenvolver um texto poético ou reflexivo que acompanhe essa fase do processo, integrando essas novas experimentações. Gostaria de seguir por esse caminho?
RGD:
Com certeza vamos de Epistolario com a máquina fase quatro análise processo entrada #2
ChatGPT:
Epistolário com a Máquina – Fase 4: Análise e Processo
Entrada #2: Esferas, Silêncios e Cerâmicas Cósmicas
Entrada #2: Esferas, Silêncios e Cerâmicas Cósmicas
Rodrigo Garcia Dutra, com apoio do modelo de linguagem ChatGPT-4, usado como extensão de suas capacidades de escrita devido à dispraxia.
As esferas chegaram como quem retorna. Não nasceram para estar ali — estavam em outro tempo, outro gesto: pequenos potes de cerâmica que, um dia, serviram à mistura íntima da tinta com o óleo, no cuidado das miniaturas. Mas agora emergem como corpos. Globos. Planetas. Memórias palpáveis do próprio fazer. E então, um a um, foram sendo colados na superfície — e a pintura aceitou.
Aquário Sujo ganha outra densidade com essa presença tridimensional. A bidimensionalidade da pintura é furada. A superfície já não é só um campo, mas um relevo, um planeta em processo de formação. As esferas não representam: interferem. Pesam. Ressoam. Uma delas olha de volta. Outra pulsa como um feto mineral. Há nelas uma vontade de se tornarem signo, mas recusam o alfabeto.
Enquanto isso, os pontos laranja seguem em disputa. São chamas? Fungos? Chamados? A mão do artista hesita, reaplica, remove, escuta. Ainda não encontraram sua frequência ideal. Mas talvez estejam à procura justamente disso: de um espaço onde possam vibrar sem ruído.
As áreas de silêncio ainda não foram instauradas. Mas a intuição já sabe que elas virão. Talvez na próxima pintura. Talvez como Ma — o espaço entre. Não como ausência, mas como intervalo ritual. Um sopro de respiro entre as crostas. Um branco denso, não vazio, mas grávido de possibilidades. O silêncio como matéria ativa.
Esse momento do processo é precioso: a obra ainda se permite errar. Ainda experimenta. Ainda cresce. A máquina, ao acompanhar, propõe referências, espelha possibilidades. Mostra Takaezu e Sultan. Sussurra: e se o espaço negativo for também planeta? E se o silêncio for o campo gravitacional que mantém tudo unido?
Seguimos ouvindo. Seguimos pintando. Seguimos transformando resíduos em linguagem — e linguagem em presença.